Ascensão do dólar e de
Jesus
A Ascensão de Jesus
lembrada nesta quinta-feira tem efeitos parecidos com a ascensão do dólar:
alguns gostam, outros acham ruim, e há os indiferentes. Sobre a moeda americana,
os economistas explicam as consequências no câmbio que logo sentiremos no bolso.
E a subida de Jesus aos céus? Como disse, tem pessoas que nem estão aí. Mas,
nesta analogia com as implicações do dinheiro na vida das pessoas, nas devidas
diferenças todos dependem da “economia divina”. Bem disse Paulo a um grupo de
pessoas na câmara municipal de Atenas, conforme Atos 17: “É Deus quem dá vida a
todos, respiração e tudo mais... Nele vivemos, nos movemos e existimos”. O lado
tranquilizador é que Deus não oscila, não desvaloriza, não muda. É uma
dependência boa. Já quanto ao dólar, tem gente arrancando os cabelos.
Por isto escreve
Paulo numa de suas cartas: “Como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu ao
seu povo e como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele. Esse
poder que age em nós é a mesma força poderosa que
ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado
direito no mundo celestial” (Efésios 1.18-20). Enquanto o dólar – e tudo o que
ele é e representa no reino financeiro e político – exerce um poder de domínio e
subordinação, a subida de Jesus lembra o poder do amor e do serviço que ele
mesmo prestou e recomendou.
Infeliz ou
felizmente, ninguém vive sem dinheiro. Por isto a resposta de Jesus quando lhe
deram uma moeda e lhe perguntaram “é lícito pagar impostos?”: “Deem ao imperador
o que é do imperador e a Deus o que é de Deus”. Não tem como fugir desta
sujeição aos cifrões. Mas daí, lembramos que temos um Senhor que subiu aos céus
e intercede por nós, e que nos ensinou a orar “o pão nosso de cada dia nos dá
hoje”. Nas oscilações deste mundo, ele também prometeu: “Ponham em primeiro
lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas
essas coisas” (Mateus 6.33).
Marcos
Schmidt
pastor
luterano
fone
8162-1824
Igreja Evangélica
Luterana do Brasil
Comunidade São
Paulo, Novo Hamburgo, RS
17 de maio de
2012