Foto panorâmica da Igreja

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Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

Mordomia da Oferta Cristã

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Artigo - Polícia pacificadora e o Natal

O comandante-geral da PM do Rio garantiu que a população da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão terá um Natal de paz. É uma promessa das armas para o advento do sossego. Lamentavelmente, não existe outro jeito nesta sociedade de Caim. A tranquilidade social sempre dependerá da polícia. Não existe lugarzinho neste mundo cheio de gente, nos morros ou vales, nas favelas ou bairros de luxo, que não dependa das armas para manter a ordem. O polonês Leonard Kaczmarkiewicz, conhecido como “Alemão, até buscou uma vida sem guerras no Brasil, fugindo dos nazistas na Europa. Comprou terras cariocas, que depois vendeu em lotes para gente que também queria uma vida melhor na cidade maravilhosa. No entanto, a paz neste morro – que leva o apelido do imigrante – agora depende da “polícia pacificadora”. É assim em nosso Estado, cidade, rua. Sem os soldados do bem, os agentes do mal tomam conta.

No entanto, a polícia apenas pode garantir um Natal de paz até onde vai o poder de seu exército. Existe outro Natal e outra paz, que segundo Jesus, o mundo não pode dar (João 14.27). Porque existe outra guerra (Efésios 6.12). Por isto o ponto de interrogação: “Olho para os morros e pergunto: De onde virá o meu socorro?”. O salmista já tinha a resposta: “O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra” (Salmo 121.1). Tal certeza existia porque “se o Senhor não proteger a cidade, não adianta nada os guardas ficarem vigiando” (Salmo 127.1). Uma proteção que foi planejada em mínimos detalhes – conforme registrados no Velho Testamento. Sete séculos antes de sua execução, a profecia prometeu: “As botas barulhentas dos soldados e todas as suas roupas sujas de sangue serão completamente destruídas pelo fogo. Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será nosso rei. Ele será chamado de Conselheiro Maravilhoso, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9.5,6).

Não tenho dúvidas disto, de que a vitória do bem sobre o mal nos morros do Rio de Janeiro neste primeiro Domingo de Advento, simboliza a chegada da definitiva e permanente paz do Deus que um dia nasceu numa favela.

Marcos Schmidt
Jornal NH de 2 de dezembro, 2010