Foto panorâmica da Igreja

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Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

Mordomia da Oferta Cristã

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Artigo - Magos do Ocidente

- Existe vida inteligente em outros planetas?
Para tirar a dúvida, magos do Ocidente vão atrás de estrelas montados num telescópio. São astrônomos de um centro de astrofísica nos Estados Unidos, que planejam encontrar extraterrestres em estrelas próximas à Terra, através de sinais de ondas eletromagnéticas. "Poderemos captar sinais falsos de criaturas que nunca quiserem ser ouvidas por nós", disse David Aguilar, diretor de comunicação do centro, numa entrevista divulgada na última segunda-feira. Mas estes magos podem dar com os camelos, digo, com os burros n’água. Em todo o caso, esta notícia lembra a história dos magos do Oriente que também tinham uma pergunta: - Onde está o menino que nasceu para ser o rei dos judeus? Nós vimos a estrela dele no Oriente e viemos para adorá-lo (Mateus 2.2). Mesmo sem a tecnologia de última geração, eles encontraram a resposta. Tiveram sucesso em sua exploração porque o menino existia - o Deus humanado que permitiu ser ouvido e não emitiu sinais falsos.
A curiosidade sobre a estrela de Belém sempre despertou a imaginação. Foi um cometa, uma conjunção de estrelas, algo sobrenatural, ou simplesmente uma lenda? Para o escritor Luis F. Veríssimo, que “deixou a fé no bolso da sua última fatiota de calça curta e nunca mais encontrou”, confessa que “todos os cheiros evocativos do Natal tem a ver com comida (...) Nada que lembre o estábulo ou a cena da Natividade, ou o presente dos Magos”. Pois, dependendo do que se procura e quais as estrelas que guiam, Veríssimo tem razão. Assim como os astrônomos que sonham ver um homenzinho verde, com antenas na cabeça ou coisa parecida, e que traga a boa notícia de que há outros planetas com água, rios, árvores, bichos, comida, enfim, um lugar parecido com este aqui. E que tal evangelho venha logo antes que tudo acabe derretido como um sorvete.
Mas por enquanto, parece que estamos sozinhos neste universo (in)finito. E que, se a Terra está com seus dias contados, esta história da estrela de Belém continua sendo a única esperança para a raça humana. Ela tem outro nome: Epifania (no grego epifanaia que significa manifestação). É o Natal dos gentios – pessoas iguais aos magos do Oriente que não pertenciam ao povo de Israel. Na tradição litúrgica, este período enfatiza que o Salvador nasceu para todos - é global, universal. Que a luz do Evangelho não pode ser ofuscada dentro de um templo ou de uma vida sem testemunho, mas precisa viajar, sair, expor-se à perigos, explorar, assim como fizeram os magos. Aliás, estes astrônomos só empreenderam a viajem porque acreditaram. Não foram ver para crer, mas foram ver para adorar. Eles conheciam as profecias sobre o Messias no Antigo Testamento e a expedição não foi seguindo uma estrela, mas as revelações bíblicas do Antigo Testamento.
Davi também olhou para as estrelas e conseguiu enxergar vida nele próprio: Quando olho para o céu, que tu criaste, para a lua e para as estrelas, que puseste nos seus lugares – que é um simples ser humano para que penses nele? No entanto, fizeste o ser humano inferior somente a ti mesmo e lhe deste a glória e a honra de um rei (Salmo 8.3-5). Incrível, mas se Deus colocou luzes no céu para iluminarem a Terra (Gênesis 1.17), e se Jesus veio à Terra para ser a luz do mundo (João 8.12), então porque tanta escuridão neste planeta? Descrença! Descrença! Eis a resposta! No entanto, como diz o Evangelho, a luz brilha na escuridão, e a escuridão não consegue apagá-la (João 1.5).
Marcos Schmidt
(Artigo para o Jornal NH - 11/01/2007)