Foto panorâmica da Igreja

Foto panorâmica da Igreja

Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

Mordomia da Oferta Cristã

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Artigo - A sexualidade e a igreja

Meu último artigo, “a homossexualidade e a igreja”, provocou indignação. Um leitor desabafou: “Fica muito difícil para uma pessoa de bem, aceitar que Vossa Senhoria seja um pastor, um religioso e muito menos um cristão”. Outro escreveu: “Pastor, ao invés de impor críticas homofóbicas, deveria pregar a tolerância e o amor fraternal”. São opiniões sinceras, e creio que se estivéssemos frente à frente, haveria um clima de respeito mútuo quando a Constituição diz: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença”.
Mas ao sugerir-me que “os religiosos deveriam cuidar em passar a Palavra de Deus e estimular o conhecimento desta, ao invés de se meterem em questões que não lhes dizem respeito”, cabe responder que as Escrituras Sagradas orientam de maneira clara e única com respeito à sexualidade humana. Cumpro, assim, o meu papel. E ao contrário do que diz outro leitor – de que “Deus não se preocupa com práticas sexuais” e o “que interessa é o parecer da consciência” – o apóstolo argumenta: “Alguém vai dizer: ‘Eu posso fazer tudo o que quero’. Pode, sim, mas nem tudo é bom para você (...) Será que vocês não sabem que o corpo de vocês faz parte do corpo de Cristo? (...) Fujam da imoralidade sexual (...) Cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher, o seu próprio marido” (capítulos 6 e 7 de 1ª Coríntios).
Obviamente, são orientações para cristãos, e a igreja não pode obrigar ninguém fora dela a seguir suas doutrinas e condutas. Por isto, se o livro sagrado do cristianismo não aceita a homossexualidade (Levíticos 18.22,23; Romanos 1.24,27; 1 Coríntios 6.9,10) e outras práticas sexuais fora do casamento, isto são regras para os que se submetem às letras que julgam ser divinas. Portanto, é uma questão de coerência. Não dá para rasgar páginas da Bíblia e dizer “isto serve e isto não serve”. Qualquer denominação cristã que admitir condutas que ferem o preceito bíblico, pode até contentar a sociedade pós-moderna, mas precisará omitir o adjetivo “Sagrada” da Escritura.
No entanto, ao lembrar o “não cometa adultério”, Jesus frisou: “Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la, já cometeu adultério no seu coração” (Mateus 5.27,28). Um recado para o “farisaísmo” religioso que gosta de julgar e esquece que todos necessitam do perdão incondicional de Cristo. Desta forma, não tiro a razão deste “preconceito” contra uma igreja humana manchada de hipocrisias e incoerências ao Evangelho de Cristo.
Na verdade, a vida íntima entre o homem e a mulher é tão sublime na Bíblia que é comparada com a própria relação de Jesus com os cristãos. Um amor do Salvador que usa o bisturi da sua Palavra para realizar uma incrível cirurgia plástica na vida das pessoas. E assim "trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito (Efésios 5.27).
Marcos Schmidt
Jornal NH de 5 de novembro de 2009