Todos nós queremos ser felizes. Existe um anseio natural pelo bem estar. Livros e opiniões de gurus sobre o tema encontramos aos milhares. Há verdadeiros exageros nesta busca, como bem atesta, por exemplo, um artigo do jornal NH do último dia 3, que analisa o transtorno psíquico ortorexia, a busca exagerada pelo acerto alimentar. Já a revista SUPERinteressante de fevereiro deste ano, na coluna Polêmica, sob o título O Lado B da Felicidade, também traz uma reflexão interessante sobre a busca da felicidade. Fala dos “benefícios de ter mais emoções positivas, menos emoções negativas e estar satisfeito com a vida – os 3 pilares da felicidade.” Mas diz também que emoções negativas fazem parte da vida e até são necessárias. Em suma, uma vida de equilíbrio. Quem pensa, por exemplo, que trabalho é sempre causa de infelicidade, vale lembrar que um dos maiores prazeres que existe é a satisfação do dever cumprido.
Temos que atentar para o “tripé da felicidade”: cuidar do corpo, da mente e do espírito. Cuidamos do corpo com trabalho, descanso, esportes, lazer, sono, zelo com a saúde e higiene, etc. Cuidamos da mente alimentando-a com boas leituras, filmes, conversas, estudos, etc. E cuidamos do espírito no contato com Deus atentando para o que Ele tem a nos dizer na sua palavra, a Bíblia Sagrada. Nela encontramos o exemplo do menino Jesus que, com 12 anos, foi com Maria e José ao templo. Ao retornarem, relata Lucas, “Conforme crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele.” (Lucas 2.52). Jesus crescia no corpo, na mente, e no espírito. A felicidade está no sadio crescimento equilibrado, sabendo que o que muitas vezes chamamos de causas de infelicidade são apenas provas para nos fortalecer e manter equilibrados. E que, se o cuidado com o corpo e a mente já é importante, o cuidado com a alma é imprescindível.
Edgar Züge
Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil
edgarzuge@yahoo.com.br