O apóstolo Paulo diz isto após confessar que ele é um bandarilheiro: “Eu enfrento a morte todos os dias”. A tradição relata que no final ele não escapou da perseguição cristã e acabou na guilhotina. Mas foi derrotado na implacável tourada da vida? Responde antecipadamente em sonoro “não” – certeza que vem da ressurreição de Cristo. Por isto suas palavras que são a própria Bíblia: “Se a nossa esperança em Cristo só vale para essa vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo. Mas a verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de os que estão mortos também serão ressuscitados”.
Ninguém está achando graça da morte de Chico Anysio e Millôr, contesta Veríssimo. O Senhor da vida e da morte também não acha graça, tanto a morte de gente famosa quanto desconhecida. Por isto então a “Graça” de Cristo no real sentido da palavra: presente. “O que dá a morte o poder de ferir é o pecado”, lembra o apóstolo nesta infeliz experiência humana. “Mas agradeçamos a Deus, que nos dá a vitória por meio do nosso Senhor Jesus Cristo”.
Marcos Schmidt
pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
5 de abril de 2012