4º Domingo de
Páscoa, N.H., 29 de abril de 2012
Tema: Crer e amar!
Textos: At 4.12; 1
Jo 3.23
Rev.
Edgar Züge
Introdução: No Senhor em Salvador Jesus Cristo, morto
e ressuscitado para nossa justificação, querida família da fé!
- Há um método evangelístico que sugere uma pergunta impactante a ser feita a qualquer pessoa, em qualquer hora e lugar: “Se Jesus Cristo voltasse hoje, por que Ele deveria deixá-lo entrar nos céus?” A resposta a esta pergunta parece fácil, mas muitas vezes é diversa. Depende de sua resposta a sua entrada nos céus. E se não entrar? Você irá para onde? No limbo é que não ficará. Irá para o inferno! E como escapar desta possibilidade? Sugiro que me acompanhe na reflexão a seguir, para vermos como estar tranqüilos para o encontro com Cristo.
- Suas primeiras respostas para a pergunta acima podem ser diversas, tais como:
- Porque sou uma pessoa boa. Pergunte à minha
família, meus vizinhos e colegas. Eles confirmarão o que digo. Não
maltrato ninguém.
- Porque sou uma pessoa honesta. Não roubo e não cometo injustiça, cumpro
minhas obrigações sociais e fiscais.
- Porque sou uma pessoa pura e decente. Quem
me conhece também poderá atestar isto. Respeito e amo minha esposa ou
esposo. Não dou motivo para vergonha. Não provoco ciúmes. Como jovem,
sigo o exemplo de José no Egito, que se manteve puro quando tentado,
mesmo em prejuízo próprio. Cuido-me em pensamentos, palavras e ações.
- Porque sou uma pessoa atuante na minha igreja e
na sociedade. Sempre que posso eu ajudo, colaboro de coração.
Meus
amigos, permitam-me uma observação: Se forem estas e apenas estas s
respostas à pergunta: Por que Jesus deveria deixá-lo entrar nos céus?,
isto tudo não será suficiente. Os incrédulos muitas vezes também podem se
chamados de pessoas boas, honestas, decentes e ativas. E nem por isso merecem
entrar nos céus.
- Se não é por obras próprias, que outras
possibilidades haveria?
- Os judeus dos tempos bíblicos responderiam: Eu cumpro os mandamentos. Perguntamos: Será? Você pode fazer isto?
- Os mestres gnósticos (de gnous, mente): Você deve se valer de um dos aeons, emanações angelicais de Deus, para chegar diante da divindade. Jesus Cristo seria um destes seres, para uns mais e para outros menos desenvolvido. Você pode atingir a perfeição mental, o corpo não interessa.
- Práticas místicas ou exotéricas te ajudarão. Há muitas opções no mercado.
- Méritos excedentes de algumas pessoas te ajudarão. Como se existisse um tal tesouro de méritos.
Meus
amigos, outra observação: Em algum dia você conseguirá acertar todas em
pensamentos, palavras e ações? Não. Práticas místicas resolverão? Não.Há obras
excedentes à sua disposição? Não. Então, qual é a saída?
I. A resposta é simples, clara
e objetiva. É tão simples que a nossa mente racional e criativa, que sempre
procura por coisas obscuras e profundas, não pode aceitá-la.
- O apóstolo Pedro a afirmou diante dos líderes religiosos de Jerusalém quando foi preso por ter curado um mendigo aleijado em nome de Jesus: “A salvação só pode ser por meio dele (Jesus). Pois não há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos, por meio do qual possamos se salvos.” (At 4.12).
Nenhum
outro. É excludente, tira qualquer outra possibilidade. Nada nem ninguém
outro pode abrir a porta do paraíso, fechada pelos nossos pecados. Só o nome do
Senhor Jesus. Não o Cristo exotérico, aeon, só exemplo ou mero milagreiro.
Mas o Cristo crucificado e ressuscitado! Era necessário para Deus que assim
acontecesse. Seu amor eterno costurou este plano. Não há plano B. É este ou
nada. Este ou eterna condenação.
- O apóstolo João afirma: “E o que ele
manda é isto: que creiamos no seu Filho, Jesus Cristo,...” (1 Jo 3.23). Quando o anjo
anunciou a Maria que ela teria um filho, ele acrescentou: “Será Filho
do Altíssimo.” Jesus, consciente desta filiação, disse: “Se
o Filho libertar vocês, vocês serão verdadeiramente livres.” O anjo
anunciou a José quando este soube que Maria estava grávida: “Será
chamado Jesus porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”
Cristo
- este seria seu outro nome, Messias (hebraico), ou ungido (para ser nosso
Profeta, Sumo-sacerdote e Rei). Só neste nome, nesta pessoa, está o poder para
nos libertar do pecado, morte, satanás e inferno.
- Agora, como eu me valho de tudo isto?
João escreve: “que creiamos”. É um ato único
e decisivo. De uma vez por todas. Não é crer aos poucos. Este crer o Espírito
Santo opera em mim. Certa vez os judeus perguntaram a Jesus: “O que faremos
para realizar as obras de Deus?” E Jesus respondeu: “A obra de Deus é
crer naquele que ele enviou.” (Jo 6.28, 29). Crer é fidelidade a uma
pessoa, Jesus Cristo, o Nazareno.
II. É claro que não podemos
esquecer a segunda parte de 1 Jo 3.23: “...e que nos amemos uns aos outros, como Cristo nos mandou
fazer”.
A. Quem ama a Deus ama também a seu irmão. Se estivermos na correta relação
com Deus através do crer em Jesus, amamos a Deus sobre todas as coisas e a
nosso próximo como a nós mesmos. A fé e o amor estão justapostos, como em Gl
5.6: “O que vale é a fé que atua pelo amor.” Se vir a crer é um ato
único, amar é algo constante, durante toda a vida.
B. Como amar, na prática? Em Cl 3.9, 10 é dito que “nos despimos (tiramos a
roupa) do velho homem (ainda somos
pecadores) e nos vestimos (colocamos a roupa) do novo homem (Cristo em nós)”. Em 1 Jo 3.10 é dito: “Desta
forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do Diabo: quem
não pratica a justiça não procede de Deus, tampouco quem não ama seu irmão.”
Praticar a justiça é tratar o outro como você quer ser tratado. Amar o próximo
é amar como você quer ser amado.
C. Na prática, só estando em Jesus é que cumprimos os
mandamentos. Ele
cumpriu os mandamentos perfeitamente por nós. Sua santidade é nossa. Ele nos dá
o seu Espírito Santo para que nos tornemos mais e mais parecidos com ele.
Conclusão. Crer e amar. A fé precede, o amor
segue. Tiago diz que a fé sem obras é morta. Este é o resumo de toda a vida
cristã. Que o Espírito Santo nos mantenha na fé salvadora em Jesus Cristo, e
que nosso falar e agir reflitam esta fé, para a glória de Deus! Amém.