O publicitário
Mauro Blankenheim, nesta coluna de terça-feira, cutucou os cristãos com vara
longa. E por isto se saiu bem. Disse conhecer ateus convictos que agem como
cristãos e “cristãos de carteirinha” que não praticam a sua religião. Pegou em
cheio o texto litúrgico do Domingo passado: “Quem não faz o que é correto ou
não ama o seu irmão não é filho de Deus” (1 João 3.10). É claro, tem descrentes
que gostam de jogar na cara dos crentes os deslizes deles, como que dizendo: “o
que adianta ir à igreja, são todos uns hipócritas”. Hipocrisia é aparentar
perfeição e santidade quando o apóstolo mesmo diz: “Se dizemos que não temos
pecados, estamos nos enganando e não há verdade em nós” (1 João 1.8).
Evidentemente que isto não justifica as nossas infrações, em especial aquelas
que agridem a vida do próximo e omitem ajuda – a real prática do amor
cristão.
Toda a primeira
epístola de João fala deste novo mandamento. “É novo porque a sua verdade é
vista em Cristo e também em vocês” (2.8), sublinha o apóstolo. Na lei antiga
Deus apenas falou do amor, sem estar humanado. Mas agora, em Cristo, ele também
praticou. Curou, ajudou, consolou, alimentou, amou. Salvou. Por isto as
palavras: “Já que vocês sabem que Cristo sempre fez o que é correto, devem saber
também que quem faz o que é correto, é filho de Deus” (2.29). Mais adiante
salienta que a diferença clara entre os filhos de Deus e os filhos do Diabo é
esta: “quem faz o que é correto e ama o seu irmão é filho de Deus” (3.10).
Filho de peixe peixinho é, diríamos hoje.
A par disto, mesmo
quando as Escrituras atestam que a salvação não é por obras, mas pela fé em
Cristo, elas confirmam que a fé sem obras é morta. É consequência. Por isto
então que no meio de tanta ruindade, violência, impaciência, corrupção,
desonestidade, infidelidade, egoísmo, falsidade, inveja, ambição, desamor, é
cada vez mais comprometedor ser cristão.
Marcos
Schmidt
pastor
luterano
fone
8162-1824
Igreja Evangélica
Luterana do Brasil
Comunidade São
Paulo, Novo Hamburgo, RS
26 de abril de
2012