Assim como as ondas que voltam à praia para destruir, voltam as dúvidas em direção aos céus. Dúvidas como aquela de uma sobrevivente no sul da Índia, em dezembro de 2005, que em profundo desespero batia no peito e lamentava: - “Por que nos castigaste assim, ó Deus? O que fizemos de errado?” Na época uma matéria de jornal dizia: Nos templos, mesquitas, igrejas e sinagogas de todo o mundo, pede-se aos religiosos que expliquem: - Como um Deus benevolente pode lançar tanto horror contra pessoas comuns?
- Por que, ó Deus? Qual o motivo de tanto sofrimento? Por que permite tudo isto?
São perguntas que não cessam como as ondas que batem na praia. Porque se o mar hoje está calmo, amanhã está revolto. Cedo ou tarde elas virão bem maiores. E o mais terrível de tudo é que o epicentro dos terremotos - as tragédias no trânsito, a agonia nos leitos do hospital, o trauma das vítimas da violência, o aviso prévio da demissão, a falência da empresa, as injustiças dentro e fora de casa, a traição daquele em quem mais se confiava, enfim, de tanta coisa ruim nesta vida – tem lugar e hora imprevisíveis. Não existe nada que possa prever ou evitar os abalos sísmicos que provocam estes tsunamis.
Respostas? Existem, sim. Mas algumas provocam mais ondas e mais destruição. Igual àquela das pessoas que chegaram até Jesus para comentar sobre o horror com os galileus. Com indignação Jesus provocou uma pororoca: - Vocês pensam que, se aqueles galileus foram mortos desse jeito, isto quer dizer que eles pecaram mais do que os outros? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram (Lucas 13.4,5). Em outra ocasião perguntaram: - Mestre, por que este homem nasceu cego? Foi por causa dos pecados dele ou por causa dos pecados dos pais dele? E Jesus respondeu: - Ele é cego, sim, mas não por causa dos pecados dele nem por causa dos pecados dos pais dele. É cego para que o poder de Deus se mostre nele (João 9.2,3).
As ondas gigantes que sempre voltam, na verdade, falam muitas coisas que precisam ser ouvidas. Lembram, antes de tudo, que a vida passa logo e nós desaparecemos (Salmo 90.10). Porque se a dor no corpo é um alerta de que alguma coisa está errada, o sofrimento na alma obriga a olhar para o céu. E se é para buscar socorro em vez de respostas, então os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança (Romanos 5.3,4). O rei Davi, por experiência própria, reconheceu que Deus não castiga como se merece nem paga de acordo com os pecados e maldades (Salmo 103.10). Ao contrário, escreve o apóstolo, Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós. E agora ficamos livres, por meio de Cristo, do castigo de Deus (Romanos 5.8,9).
Sim, as ondas gigantes sempre voltam, mas junto com elas a resposta de que “Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição. Por isto, não teremos medo, ainda que a terra seja abalada, e as montanhas caiam nas profundezas do oceano. Não teremos medo, ainda que os mares se agitem e rujam e os montes tremam violentamente” (Salmo 46.1-3).
- Por que, ó Deus? Qual o motivo de tanto sofrimento? Por que permite tudo isto?
São perguntas que não cessam como as ondas que batem na praia. Porque se o mar hoje está calmo, amanhã está revolto. Cedo ou tarde elas virão bem maiores. E o mais terrível de tudo é que o epicentro dos terremotos - as tragédias no trânsito, a agonia nos leitos do hospital, o trauma das vítimas da violência, o aviso prévio da demissão, a falência da empresa, as injustiças dentro e fora de casa, a traição daquele em quem mais se confiava, enfim, de tanta coisa ruim nesta vida – tem lugar e hora imprevisíveis. Não existe nada que possa prever ou evitar os abalos sísmicos que provocam estes tsunamis.
Respostas? Existem, sim. Mas algumas provocam mais ondas e mais destruição. Igual àquela das pessoas que chegaram até Jesus para comentar sobre o horror com os galileus. Com indignação Jesus provocou uma pororoca: - Vocês pensam que, se aqueles galileus foram mortos desse jeito, isto quer dizer que eles pecaram mais do que os outros? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram (Lucas 13.4,5). Em outra ocasião perguntaram: - Mestre, por que este homem nasceu cego? Foi por causa dos pecados dele ou por causa dos pecados dos pais dele? E Jesus respondeu: - Ele é cego, sim, mas não por causa dos pecados dele nem por causa dos pecados dos pais dele. É cego para que o poder de Deus se mostre nele (João 9.2,3).
As ondas gigantes que sempre voltam, na verdade, falam muitas coisas que precisam ser ouvidas. Lembram, antes de tudo, que a vida passa logo e nós desaparecemos (Salmo 90.10). Porque se a dor no corpo é um alerta de que alguma coisa está errada, o sofrimento na alma obriga a olhar para o céu. E se é para buscar socorro em vez de respostas, então os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança (Romanos 5.3,4). O rei Davi, por experiência própria, reconheceu que Deus não castiga como se merece nem paga de acordo com os pecados e maldades (Salmo 103.10). Ao contrário, escreve o apóstolo, Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós. E agora ficamos livres, por meio de Cristo, do castigo de Deus (Romanos 5.8,9).
Sim, as ondas gigantes sempre voltam, mas junto com elas a resposta de que “Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição. Por isto, não teremos medo, ainda que a terra seja abalada, e as montanhas caiam nas profundezas do oceano. Não teremos medo, ainda que os mares se agitem e rujam e os montes tremam violentamente” (Salmo 46.1-3).
Marcos Schmidt