Ódio e perseguição
A
ação terrorista que matou dezenas de pessoas no shopping do Quênia foi um ataque
contra cristãos. Isto foi esquecido nas notícias. No mesmo final de semana,
homens-bomba explodiram uma igreja no Paquistão, 78 pessoas morreram e centenas
ficaram feridas. São números que se somam numa assombrosa estatística: 100 mil
seguidores de Cristo são assassinados anualmente numa implacável perseguição.
Por que será que os noticiários não divulgam abertamente estas truculências
contra a cristandade? Quem sabe porque a sociedade ocidental também persegue o
cristianismo. Ao menos é isto que pensa o jornalista espanhol Fernando de Haro,
no seu livro "Cristãos e leões". Ele argumenta que existem três níveis de
perseguição: cristãos que arriscam e perdem a vida; cristãos sem
liberdade dos direitos civis e pessoais; e cristãos que sofrem perseguição
cultural. O autor explica este último: "É um poder sobre a
consciência".
Longe das
manchetes, enquanto milhares de cristãos ao redor do mundo pagam o preço da sua
fé com a própria vida, outros sofrem o peso da cruz de forma sutil e ardilosa,
sem perceberem os custos e o prejuízo. Por exemplo, quantos de nós têm liberdade
de consciência para expressar sua fé e seus valores? Seguidamente ouço a
desculpa: "Não falo de religião para não me incomodar". Mas o cristão não é uma
testemunha de Cristo? É interessante lembrar que "testemunha" na Bíblia vem do
termo grego "martiria" - martírio no português, que significa sofrimento,
aflição. Por isto, em qualquer nível o fiel discípulo de Cristo sempre sofrerá
perseguição. O próprio Salvador não escondeu esta condição: "Se alguém quer ser
meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia
para morrer como eu vou morrer e me acompanhe" (Lucas 9.23). Mesmo porque,
praticar o amor ao próximo num mundo egoísta e sustentado pelo ódio é um
exercício que exige extremo sacrifício.
pastor
luterano
fone
8162-1824
Igreja Evangélica
Luterana do Brasil
Comunidade São
Paulo, Novo Hamburgo, RS
3 de outubro de
2013