Foto panorâmica da Igreja

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Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

Mordomia da Oferta Cristã

quarta-feira, 27 de março de 2013

Artigo - Bode expiatório


Bode expiatório

    Dias atrás um norte-americano saiu da prisão onde penou 23 anos por um crime que não cometeu. Ele foi o "bode expiatório" num tribunal que precisava do culpado para satisfazer a justiça que o povo exigia. A Sexta-feira Santa tem uma história parecida. Uma turba de judeus fanáticos influencia o tribunal romano e Pilatos lava as mãos. Mas Jesus não foi apenas o bode expiatório numa questão jurídica da época. Na verdade, Jesus desempenhou o sentido exclusivo do termo. Para entender, havia uma cerimônia no Antigo Testamento onde um bode era colocado diante do sacerdote, e com as mãos sobre a cabeça do animal, ele confessava os pecados dele e os do povo para depois o bode ser abandonado no deserto (Levíticos 16.2-22).  Nas páginas do Novo Testamento o apóstolo explica o sentido disto: “Em Cristo não havia pecado. Mas Deus colocou sobre Cristo a culpa dos nossos pecados” (2 Coríntios 5.21). Também esclarece que estas cerimônias eram apenas “sombras” mas agora “a realidade é Cristo” (Colossenses 2.17).

     O perigo de fazer justiça, custe o que custar, pode levar à própria injustiça. Por exemplo, todo o cuidado é pouco na busca dos culpados pelas vítimas no incêndio em Santa Maria. Logicamente é preciso encontrar os culpados. Mas, e quem vai pagar na conta divina pelos erros e falhas que eu faço? Quem vai expiar os pecados cometidos diariamente por mim, iniquidades contra Deus e contra o próximo? A lógica me diz que ninguém, a não ser eu mesmo, deve pagar pelos erros cometidos por mim. Caso contrário, há injustiça. Mas aí surge o bode expiatório: Jesus pendurado na cruz. Diz a Bíblia: "Deus perdoou todos os nossos pecados e anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz" (Colossenses 2.14).  De fato, isto não tem lógica nem justiça. Mas isto a própria Bíblia reconhece, que "a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura".  Podemos então concluir que a maior de todas as injustiça é rejeitar a absolvição oferecida pelo sacrifício do Filho de Deus na cruz.


Marcos Schmidt
pastor luterano
fone 8162-1824
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
28 de março de 2013