A
maior conquista
O
primeiro homem que pisou na Lua poderia ter aproveitado toda a fama nestes 43
anos de reinado, mas praticou uma frase – entre tantas famosas que deixou: "De
repente eu notei que aquela pequena e bela ervilha azul era a Terra. Eu levantei
meu dedo e fechei um olho, e meu dedo cobriu totalmente a Terra. Eu não me senti
um gigante. Me senti muito, muito pequeno”. Em outra viagem, só que pelos
caminhos de nosso planeta em Jerusalém, na
companhia de um arqueólogo, Neil
Armstrong perguntou se
Jesus havia pisado em algum lugar por ali. “Estes são os degraus que levam ao
Templo, então Ele deve ter caminhado por aqui muitas vezes”, respondeu o guia.
Comovido, o famoso astronauta não se conteve: “Estou mais eufórico pisando
nestas pedras do que quando pisei na Lua”.
Tudo indica que as
admiráveis pegadas que Armstrong deixou não estão lá na distante Lua, mas aqui
mesmo na Terra, de onde decolou definitivamente. A fé cristã dele fez com que
ficasse com os pés no chão, mesmo sendo um dos homens mais célebres do mundo.
Uma modéstia já manifestada naquele glorioso vinte de julho de 1969 por uma
pequena placa com o Salmo 8 que encravou no solo lunar: “Ó Senhor, quando olho
para o céu, que tu criaste, para a Lua e para as estrelas que puseste nos seus
lugares – o que é um simples ser humano para que penses nele?”.
Carecemos
da postura deste astronauta numa sociedade que deseja ardentemente registrar
suas marcas e conquistas. A vida passa logo e as pegadas que imprimimos nela são
a nossa história para aqueles que ficam. Pouco importa a celebridade ou o
anonimato de nossa biografia. Porque se os nossos passos estiverem gravados no
caminho por onde Jesus cruzou, então seremos lembrados por aquele que criou
planetas e estrelas. “O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a
vida verdadeira?” – pergunta o Salvador. Sem dúvida, a maior conquista de
Armstrong não foi a Lua.
Marcos
Schmidt
pastor
luterano
Igreja Evangélica
Luterana do Brasil
Comunidade São
Paulo, Novo Hamburgo, RS
30 de agosto de
2012