Foto panorâmica da Igreja

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Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

Mordomia da Oferta Cristã

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sermão 6º Domingo após Pentecostes


Tema: “Testemunho da fé num contexto de dificuldades”
Texto: Mc 6.1-13
Data e ocasião: 6º dom. após Pentecostes – Confirmação 2012

Introdução.
A.   Corinthians campeão da Libertadores. Na última quarta-feira à noite o Corinthians sagrou-se campeão da copa Libertadores da América pela 1ª vez. Ele tinha uma missão a cumprir. Mas tinha muitas adversidades: a) o Boca Juniors; b) a torcida adversária; c) 91% dos gaúchos responderam a um a interativa que torceriam para o Boca. Mas o Corinthians não se intimidou e cumpriu com sua missão.
B.   No Reino de Deus também há uma missão a cumprir. O evangelho tem que ser vivenciado e pregado, divulgado. Mas há grandes adversários: a) o diabo; b) o mundo; c) nossa carne. Os profetas do AT, os apóstolos do NT e o próprio Cristo sofreram rejeição. Na verdade a rejeição não era só com eles, mas em relação à mensagem que traziam.

I. Cristo em Nazaré e arredores.
A. Oposição (vv. 1-4). Logo depois de ressuscitar a filha de Jairo em Cafarnaum, cidade em que Jesus agora morava, ele foi a Nazaré, cidade em que fora criado. Num sábado pregou na sinagoga local. A sinagoga era o lugar próprio da Palavra. O povo ficou admirado da sua sabedoria, mas logo começou a questionar: “Esse Jesus nós conhecemos. Sabemos de que família ele é.” O rejeitaram. Jesus sentiu na pele que um profeta não é bem recebido na sua terra. “Santo de casa não faz milagres.” Ainda hoje é assim. As pessoas ou não aceitam uma mensagem “de casa” ou se cansam do mesmo mensageiro com o tempo.
B. Resultado (vv. 5, 6a). Por causa desta reação negativa Jesus só fez ali uns poucos milagres, que confirmavam ser Ele o Filho de Deus que deveria vir ao mundo. A comunidade como tal, salvo algumas exceções, não foi abençoada. Outra reação de Jesus: admirou-se, ficou espantado, com a incredulidade deles. Mas mesmo assim Jesus não desanimou: continuou a pregar em aldeias vizinhas. Nós cristãos também não devemos desanimar diante das adversidades. A Palavra tem que ser anunciada.

II. A missão dos doze.
A.   Jesus prepara os doze (vv. 6b-9). Jesus, que não desanimou, visava o cumprimento da missão, a evangelização. Faz dos 12 seus parceiros. Uma espécie de estágio. Para fortalecê-los, os manda de 2 em 2. Para autorizá-los, lhes concede poderes sobre os demônios.  Para suas necessidades, e para que tenham confiança em Deus, deveriam levar o mínimo necessário, a exemplo de outros pregadores “peripatéticos” de então, “ambulantes”. Jesus não está criando uma “ordem mendicante”. Os pregadores não visam o lucro, mas a salvação das pessoas e a glória de Deus.
(vv. 10, 11): A respeito de quem os receber ou não: “Se nalguma casa os receberem, fiquem ali”, para não parecer quem estão alimentando favoritismos entre as pessoas. Para que não haja parcialidade. “Mas se não os receberem, sacudam o pó das sandálias.” Aqui há julgamento para com a incredulidade, o pior pecado. Alguns textos acrescentam aqui uma citação: “Haverá menos rigor no dia do juízo com Sodoma e Gomorra do que com esta cidade.”
B.   O que fizeram os discípulos? (vv. 12, 13). Eles foram obedientes a Jesus. Pregaram arrependimento. Lei e Evangelho. A essência é a graça de Deus revelada em Cristo, o perdão dos pecados. E para comprovar a autoridade recebida, também expulsaram demônios e fizeram curas milagrosas ungindo as pessoas doentes com óleo. O poder do senhor estava com eles como fora prometido.

III. Apesar das dificuldades, e evangelho é anunciado.
A.   As outras leituras. O Salmo 123 fala do desprezo que os justos sofrem. Ezequiel 2.1-15 fala do chamado de Ezequiel, mesmo sabendo que ele seria rejeitado por seu povo. 2 Co 12.1-10: O apóstolo Paulo sofreu muita perseguição e tinha um “espinho na carne” para continuar humilde. Quando preso ele sabia que “a Palavra não está algemada”. O evangelho avança em meio às dificuldades. Tertuliano disse: “O sangue dos mártires é a semente da igreja.”
B.   O evangelho vivenciado e pregado hoje. A primeira coisa a fazer é perseverar na fé. Isto acontece pelo uso diligente da Palavra e dos Sacramentos. Esta é a força motriz para uma vida cristã que não envergonha o Senhor, antes o glorifica: e que não prejudica o próximo, antes o favorece em todas suas necessidades. Assim o terreno fica preparado para que a pregação do evangelho avance. Tiramos as pedras do caminho do Espírito Santo para a conversão de pessoas a Cristo.

Conclusão.
A.   Os confirmandos chegaram até aqui. Caros confirmandos, vocês concluíram uma etapa muito importante das suas vidas. Mas não devem encarar isto como uma formatura. Antes, deve ser parte do processo de educação continuada na fé.  Aprenderam o básico do Catecismo: Os 10 Mandamentos, o Credo, o Pai Nosso, o Batismo, o Ofício das Chaves e a Santa Ceia, além de como viver na família, igreja e sociedade. Haverá dificuldades na vida de vocês para prová-los, mas fiquem firmes na fé.
B.   Os confirmados devem avançar. Não dá pra parar no estágio atual. A igreja oferece muitas oportunidades de crescimento para que a vida de testemunho continue.  A juventude mirim e a maior são excelentes oportunidades. Aos pais e responsáveis: Às vezes é mais fácil buscar alguém na balada do que na igreja. Não é um contra censo? Estou chamando a atenção para o fato de que os pais continuam sendo responsáveis pelos seus filhos na adolescência e juventude. E que os filhos devem fazer cada vez mais uso dos seus privilégios e responsabilidades no Reino de Deus. Vivamos todos para a glória de Deus! Amém.
Edgar Züge