Tema: “Testemunho da fé
num contexto de dificuldades”
Texto: Mc 6.1-13
Data e ocasião: 6º dom. após
Pentecostes – Confirmação 2012
Introdução.
A. Corinthians campeão da Libertadores. Na última
quarta-feira à noite o Corinthians sagrou-se campeão da copa Libertadores da
América pela 1ª vez. Ele tinha uma missão a cumprir. Mas tinha muitas
adversidades: a) o Boca Juniors; b) a torcida adversária; c) 91% dos gaúchos
responderam a um a interativa que torceriam para o Boca. Mas o Corinthians não
se intimidou e cumpriu com sua missão.
B. No Reino de Deus também há uma missão a cumprir. O evangelho tem que
ser vivenciado e pregado, divulgado. Mas há grandes adversários: a) o diabo; b)
o mundo; c) nossa carne. Os profetas do AT, os apóstolos do NT e o próprio
Cristo sofreram rejeição. Na verdade a rejeição não era só com eles, mas em
relação à mensagem que traziam.
I. Cristo em Nazaré e
arredores.
A. Oposição (vv. 1-4). Logo depois de ressuscitar a filha de
Jairo em Cafarnaum, cidade em que Jesus agora morava, ele foi a Nazaré, cidade
em que fora criado. Num sábado pregou na sinagoga local. A sinagoga era o lugar
próprio da Palavra. O povo ficou admirado da sua sabedoria, mas logo começou a
questionar: “Esse Jesus nós conhecemos. Sabemos de que família ele é.” O
rejeitaram. Jesus sentiu na pele que um profeta não é bem recebido na sua
terra. “Santo de casa não faz milagres.” Ainda hoje é assim. As pessoas ou não
aceitam uma mensagem “de casa” ou se cansam do mesmo mensageiro com o tempo.
B. Resultado (vv. 5, 6a). Por causa desta
reação negativa Jesus só fez ali uns poucos milagres, que confirmavam ser Ele o
Filho de Deus que deveria vir ao mundo. A comunidade como tal, salvo algumas
exceções, não foi abençoada. Outra reação de Jesus: admirou-se, ficou espantado,
com a incredulidade deles. Mas mesmo assim Jesus não desanimou: continuou a
pregar em aldeias vizinhas. Nós cristãos também não devemos desanimar diante
das adversidades. A Palavra tem que ser anunciada.
II. A missão dos
doze.
A. Jesus prepara os doze (vv. 6b-9). Jesus, que não
desanimou, visava o cumprimento da missão, a evangelização. Faz dos 12 seus parceiros. Uma espécie de estágio. Para
fortalecê-los, os manda de 2 em 2. Para autorizá-los, lhes concede poderes
sobre os demônios. Para suas
necessidades, e para que tenham confiança em Deus, deveriam levar o mínimo
necessário, a exemplo de outros pregadores “peripatéticos” de então,
“ambulantes”. Jesus não está criando uma “ordem mendicante”. Os pregadores não
visam o lucro, mas a salvação das pessoas e a glória de Deus.
(vv. 10, 11): A respeito de quem os receber ou não: “Se
nalguma casa os receberem, fiquem ali”, para não parecer quem estão alimentando
favoritismos entre as pessoas. Para que não haja parcialidade. “Mas se não os receberem,
sacudam o pó das sandálias.” Aqui há julgamento para com a incredulidade, o
pior pecado. Alguns textos acrescentam aqui uma citação: “Haverá menos rigor no
dia do juízo com Sodoma e Gomorra do que com esta cidade.”
B. O que fizeram os discípulos? (vv. 12, 13). Eles foram
obedientes a Jesus. Pregaram arrependimento. Lei e Evangelho. A essência é a
graça de Deus revelada em Cristo, o perdão dos pecados. E para comprovar a
autoridade recebida, também expulsaram demônios e fizeram curas milagrosas
ungindo as pessoas doentes com óleo. O poder do senhor estava com eles como
fora prometido.
III. Apesar das
dificuldades, e evangelho é anunciado.
A. As outras leituras. O Salmo
123 fala do desprezo que os justos sofrem. Ezequiel 2.1-15 fala do chamado de Ezequiel, mesmo sabendo que ele
seria rejeitado por seu povo. 2 Co
12.1-10: O apóstolo Paulo sofreu muita perseguição e tinha um “espinho na
carne” para continuar humilde. Quando preso ele sabia que “a Palavra não está
algemada”. O evangelho avança em meio às dificuldades. Tertuliano disse: “O
sangue dos mártires é a semente da igreja.”
B. O evangelho vivenciado e pregado hoje. A primeira coisa a
fazer é perseverar na fé. Isto acontece pelo uso diligente da Palavra e dos
Sacramentos. Esta é a força motriz para uma vida cristã que não envergonha o
Senhor, antes o glorifica: e que não prejudica o próximo, antes o favorece em
todas suas necessidades. Assim o terreno fica preparado para que a pregação do
evangelho avance. Tiramos as pedras do caminho do Espírito Santo para a
conversão de pessoas a Cristo.
Conclusão.
A. Os confirmandos chegaram até aqui. Caros confirmandos,
vocês concluíram uma etapa muito importante das suas vidas. Mas não devem
encarar isto como uma formatura. Antes, deve ser parte do processo de educação
continuada na fé. Aprenderam o básico do
Catecismo: Os 10 Mandamentos, o Credo, o Pai Nosso, o Batismo, o Ofício das
Chaves e a Santa Ceia, além de como viver na família, igreja e sociedade.
Haverá dificuldades na vida de vocês para prová-los, mas fiquem firmes na fé.
B. Os confirmados devem avançar. Não dá pra parar no
estágio atual. A igreja oferece muitas oportunidades de crescimento para que a
vida de testemunho continue. A juventude
mirim e a maior são excelentes oportunidades. Aos pais e responsáveis: Às vezes
é mais fácil buscar alguém na balada do que na igreja. Não é um contra censo?
Estou chamando a atenção para o fato de que os pais continuam sendo
responsáveis pelos seus filhos na adolescência e juventude. E que os filhos
devem fazer cada vez mais uso dos seus privilégios e responsabilidades no Reino
de Deus. Vivamos todos para a glória de Deus! Amém.