Foto panorâmica da Igreja

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Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

Mordomia da Oferta Cristã

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Artigo - O que é uma família

É cada vez mais complicado colocar o nome do pai e da mãe, dos avós paternos e maternos na certidão de nascimento, revelou o Globo Repórter na semana passada. Explicou o motivo: Muitos têm duas mães, padrastos, meios-irmãos, vêm de adoção ou de união homossexual. "O formato da família em si mudou. Hoje nós temos famílias que não são apenas de homem, mulher e filhos. Isso pode não ser tão bem aceito quanto nós gostaríamos, mas temos que ser tolerantes e aceitar tudo porque a família mudou, a sociedade mudou e não há como voltar atrás", disse a historiadora Eni Samara. A conclusão no final do programa: “Hoje não existe uma definição de família. Não existe mais com precisão o que é família. Família é onde a gente se sente amado e pode amar aquela pessoa. E pode incluir um monte de gente, mesmo sem ter consangüinidade".
Que família não depende do sangue, isto é comprovado na vida do próprio Jesus. Concebido pelo Espírito Santo no ventre de Maria, enteado de José, este lar diferente existiu para se cumprir no Deus-Homem aquilo que a Bíblia explica: Foi preciso que Jesus se tornasse em tudo igual aos seus irmãos para que os pecados do povo fossem perdoados (Hebreus 2.17). “Quem é a minha mãe? Quem são os meus irmãos?” perguntou Jesus ao ser interrompido com o recado de que a sua família queria falar com ele. O Salvador respondeu que sua mãe e seus irmãos são os que fazem a vontade de Deus (Marcos 3.35). São apenas exemplos para concordar que “família” pode incluir um monte de gente. No entanto, afirmar que o formato da família mudou e devemos ser tolerantes, convenhamos, isto é conversa da Globo e companhia.
O modelo de família sempre será aquele de Gênesis, e que Jesus assinou em baixo ao dizer: No começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só carne. Assim, já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu (Marcos 10.6-9). “Por causa da dureza do coração” é que existe o divórcio, explicou Jesus. Mas um coração que pode ser amolecido com o amor de Deus que reconcilia e oferece nova vida.
Mas o problema é que a exceção está virando regra. Em nosso país, por exemplo, quase a metade dos casamentos acaba no cartório. Muitos já nem casam mais, vivem juntos na idéia do teste-drive ou do “enquanto o amor durar”. Quem somos nós para julgar, até porque aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair (1 Coríntios 10.12). Mas a situação é grave e não deve ser tolerada.
Creio que estamos vivendo aquilo que escreveu Paulo: Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir (2 Timóteo 4.3).
“Família é onde a gente se sente amado e pode amar aquela pessoa”, disse o Globo Repórter. “Marido, esposa, ame o seu cônjuge assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela” (Efésios 5.25). E isto que diz a Bíblia, lembrando que até o amor tem um formato.
Marcos Schmidt
Jornal NH de 15 de maio de 2008