Foto panorâmica da Igreja

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Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

Mordomia da Oferta Cristã

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Artigo - Fraude no cemitério

No velório de Paulo Autran, Marília Pêra desabafou a um repórter: “Eu não sei onde ele está agora. É muito triste não ter certeza se um dia nos reencontraremos”. O próprio Autran havia confessado que acreditava em Deus assim como em Papai-Noel.
Tem muita crença e descrença quando o assunto é “morte”. Mas vou dizer uma coisa: a morte é a maior mentira da história. E tem um fato trágico cômico que pode ajudar a entender como acontece esta fraude. É um episódio que aconteceu em Porto Alegre. Um homem morreu atropelado numa rua movimentada da capital gaúcha. O único documento que carregava era um crachá, que ajudou a identificá-lo e localizar parentes. A notícia se espalhou rapidamente, e interessante, chegou aos ouvidos do próprio morto. Isto mesmo, porque tudo não passava de um grande engano. O crachá pertencia a um engenheiro agrônomo que havia jogado o documento no lixo, numa feira agropecuária em Lajeado. A verdadeira vítima era um indigente. E assim, o homem que não morreu precisou telefonar para os seus pais, parentes e amigos, desmentido o ocorrido.
Fico pensando na história deste homem. Porque Satanás, o pai da mentira, ele faz mais ou menos isto: intencionalmente rouba o “crachá” de Jesus e coloca em si mesmo (2 Coríntios 11.14). E depois se faz de morto e espalha a notícia. O que eu quero dizer é o seguinte: A morte, na verdade, é uma enganação. É o que afirma a Bíblia: A morte está destruída. A vitória é completa (1 Coríntios 15.54). O apóstolo Paulo explica: o que dá à morte o poder de ferir é o pecado, mas através da ressurreição de Jesus, ela perdeu o seu aguilhão.
Mas, como assim? A morte está viva nos cemitérios, nos acidentes, nas guerras, nas doenças, nos assassinatos. Que história de boi dormir é esta? Pois aí entra o crachá no corpo errado! O que ouvimos e vemos é a primeira notícia. As coisas ruins, os problemas, as dificuldades, e a própria morte, tudo é a primeira notícia. Marília Pêra, ela que interpreta tantas coisas que não existem, deveria saber que a morte faz a mesma coisa. Por isto escreve o apóstolo: Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo. Mas a verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados (1 Coríntios 15.19 e 20).
Por isto, a pior coisa mesmo não é acreditar na mentira da morte, mas não crer na verdade da vida. Mais ou menos como a história deste leite que a gente bebe, e agora pergunta: o que é leite e o que é porcaria? É tanta fraude, tanto engano! Por isto a Bíblia recomenda: Abandonem tudo o que é mentira. Sejam como criancinhas recém-nascidas, desejando sempre o puro leite espiritual, para que, bebendo dele, vocês possam crescer e ser salvos (1 Pedro 2.1,2).
O evangelista narra que, após a ressurreição de Jesus, os soldados receberam grande quantia de dinheiro para espalhar o boato de que os discípulos tinham roubado o corpo de seu Mestre a fim de inventar a ressurreição dele (Mateus 28.12,13). Neste Dia de Finados, deveria-se colocar uma grande placa na entrada dos cemitérios com as seguintes palavras: Tudo isto aqui é uma fraude.
Marcos Schmidt
Jornal NH – 1º de novembro de 2007