Foto panorâmica da Igreja

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Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

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sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Artigo - O profeta

A gente sabe que as novelas fazem a cabeça das pessoas na moda, nos costumes, na política, na formação moral, enfim, em muitas coisas e até na religião. Afinal, meio mundo nem pisca os olhos quando termina o comercial e entra o próximo capítulo. Não faço profecias, mas O Profeta do plim plim vai mexer com os conceitos de muita gente.
Na Bíblia, o primeiro homem intitulado de “profeta” foi Abraão (Gênesis 20.7). Mas é Moisés quem recebe este título como padrão de comparação para todos os outros que viriam (Deuteronômio 18.15). Existem três vocábulos hebraicos no Antigo Testamento para o termo “profeta”, nabhi, roeh e hozeh, que no contexto geral da Bíblia traduzem a mesma coisa – aquele que proclama. Já no Novo Testamento o termo grego é prophetes, que vem de duas palavras: pro – “aquilo que vem antes”, e phe – “dizer, proclamar”. Daí a tradução para o vocábulo português, que é “aquele que diz antes”. O profeta bíblico era essencialmente um proclamador da palavra, a quem Deus chama para advertir, exortar, consolar, ensinar e aconselhar.
Eles recebiam a mensagem diretamente pela voz de Deus (Êxodo 7.1), por sonhos (Números 12.6) ou por visões (Números 24.4). Mas como se distinguia um profeta verdadeiro de um falso? Normalmente, o verdadeiro não estava sujeito às ordens de um rei e anunciava coisas que o povo em geral não gostava, enquanto que o falso profeta era profissional, contratado, que anunciava mensagens agradáveis. Um exemplo clássico é a história de Jeremias. No capítulo 23 de seu livro, percebe-se que a mensagem do profeta adulterado tinha um tom pacífico, sem comprometimento com condições morais e espirituais. Em outras palavras, ele ia conforme a onda. Em toda a Bíblia existe um alerta constante contra estes pseudo-pregadores, especialmente na voz de Jesus: - Prestem atenção, não acreditem neles, porque eles farão milagres e maravilhas para enganar inclusive o povo de Deus (Mateus 24.24).
Falando sobre os verdadeiros, Pedro escreve que os profetas procuraram saber com muito cuidado sobre Cristo Jesus. Eles profetizaram, diz o apóstolo, a respeito da salvação que Deus ia dar as pessoas, revelando em que tempo e como isto iria acontecer. O Espírito de Cristo estava neles indicando detalhes da vida e obra do Salvador (1 Pedro 1.10-12). Qualquer estudioso da Bíblia percebe o fiel cumprimento de todas as profecias do Velho Testamento que apontam para a pessoa de Jesus, desde de Gênesis 3.15 até Malaquias 3.1.
E hoje? Ainda existem profetas iguais aos da Bíblia? Na verdade, qualquer cristão é um profeta quando tem o privilégio de proclamar o Evangelho. Mas, quando tudo já está escrito, nada mais existe para ser revelado. Aliás, há uma advertência bíblica para aqueles que se auto-proclamam profetas e afirmam ter visões: - Se alguma pessoa acrescentar ou tirar alguma coisa das palavras proféticas deste livro, Deus tirará dela as bênçãos descritas neste livro (Apocalipse 22.18,19).
Por isto, é bom estar de olho no profeta!
Marcos Schmidt
(artigo para o Jornal NH - 19 de outubro de 2006)