Foto panorâmica da Igreja

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Evangelho de Lucas 20.27-40

Explicação do teólogo Gerson Linden sobre o Evangelho de Lucas 20.27-40, texto bíblico do culto desta segunda semana de novembro.


Mordomia da Oferta Cristã

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quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Artigo - Suicídio pela Internet

O que está na cabeça de um jovem que comete suicídio pela Internet? A loucura deste porto-alegrense de 16 anos no último dia 26 de julho virou um problema sério nos países desenvolvidos. O mais assustador é que tudo é acompanhado por um grupo de pessoas de várias partes do mundo. No caso deste gaúcho, os participantes ofereceram dicas sobre a forma mais eficiente para executar o plano macabro, e acompanharam na tela do computador, em tempo real, o momento da morte.
Situação semelhante aconteceu no Japão em outubro de 2004. Nove jovens se conheceram pela Internet e marcaram encontro para um suicídio coletivo. Acenderam braseiros de carvão dentro de veículos fechados e se envenenaram com o monóxido de carbono. Este país é campeão no suicídio entre os jovens, pressionados numa sociedade extremamente competitiva.
As estatísticas apontam que atualmente o suicídio é a terceira principal causa de morte no mundo entre adolescentes de 15 a 19 anos, e que a sua freqüência triplicou nos últimos trinta anos. No Brasil, o Rio Grande do Sul é o estado onde o problema é mais grave. As principais razões, segundo os especialistas, são depressão, doenças psiquiátricas, disposição hereditária, conflitos familiares, dificuldades de relacionamento, uso de drogas ou álcool, além dos sintomas de exclusão social.
Um assunto que merece toda a atenção da família, sobretudo quando a maioria dos pais está desatenta ao que acontece com os filhos adolescentes. Que tipo de amizade eles têm? E estas pessoas virtuais com quem eles conversam demoradamente na frente do computador? Quem são eles? É deles que vêm os conselhos e a ajuda? Parece que este é o grande problema: os pais não conhecem mais os seus filhos. Quem os conhece são os outros.
A gente sabe que todo o adolescente necessita de atenção, muita atenção. E quando hoje ele encontra dificuldades neste propósito, cai ainda mais fundo nos conflitos e na depressão. Se pai e mãe não estão separados, estão divorciados dos filhos, ocupados no trabalho, nos programas com amigos, com a televisão, com os jornais e revistas. E os filhos, se estão dentro de casa, ficam enclausurados no quarto, batendo papo virtual, freqüentemente com gente perigosa. Por isto, quando o suicídio entre os jovens aumenta na mesma proporção da violência humana, fica evidente que o problema mesmo está na família. Não está na escola, na política ou em qualquer outro lugar. Está no lar que deixou de ser doce e virou amargo.
Longe de mim querer julgar estes pais de Porto Alegre que estão sofrendo muito, ou qualquer outra família em conflito. Se tudo está normal debaixo do meu teto, levanto os olhos aos céus e agradeço a Deus. E sem esquecer que a minha casa precisa de proteção “24 horas”. Afinal, as bombas inimigas também cruzam o céu do meu casamento, do meu lar, e nestas horas a única salvação é um bom abrigo. Um refúgio e socorro que não falta em tempos de aflição (Salmo 46.1). Porque se o Senhor Deus não edificar e restaurar a minha casa, não adianta nada trabalhar para construí-la e mantê-la (Salmo 127.1).
Diz a Bíblia que até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem; mas os que confiam no Senhor recebem sempre novas forças" (Isaías 40.30,31). Parece que estamos esquecendo disto.
Marcos Schmidt - Jornal NH - 17/08/2006