A mistura de religião e política ainda vai trazer uma terrível indigestão para todos nós. E pior, comprometendo a paz social que a Constituição Brasileira rege, sobretudo quando ordena no Artigo 5º que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantias na forma de lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”. Os “almassugas”, usando seu poder de púlpito, desrespeitam a regra “número um” do código “religião e política” e colocam em risco nossa liberdade religiosa. Demonstrando uma fome insaciável pelo poder, tais igrejas fundamentalistas concorrem com os partidos políticos, usam o nome de Deus em vão, metem a mão no bolso do povo, e fazem uma lavagem cerebral nos ouvintes se auto-intitulando os “candidatos de Deus”.
Na verdade, religião e política são pratos diferentes mesmo quando precisam estar na mesma mesa. Para Lutero (1483-1546), “política é o esforço racional permanente e paciente de estabelecer e preservar uma ordem social de acordo com os valores do cristianismo”. Pregou isto num tempo quando os religiosos da época “converteram-se em senhores seculares para governar com leis que concernem somente ao corpo e aos bens” (Lutero – Da Autoridade Secular). Falando sobre os fundamentos bíblicos da ética política, este teólogo alemão diz que igreja e estado, apesar de interligados, são dois governos de Deus com propósitos diferentes e com funções que não devem ser misturadas. O poder espiritual garante o perdão dos pecados, o serviço ao próximo e a salvação eterna através do evangelho amoroso. O secular tem o propósito de manter o convívio das pessoas numa sociedade com tendências ao caos e conceder seu bem-estar físico através da lei. “Que são, pois, os sacerdotes e bispos?”, pergunta Lutero dentro desta compreensão. Responde que “o regime deles não é de autoridade ou poder, mas de serviço e função. Não devem impor lei ou mandamento a outros sem a vontade e consentimento deles. Seu governo não é outra coisa que pregar a Palavra de Deus e com ela conduzir os cristãos e vencer a heresia”. Por isso, salienta Lutero, “tem que se distinguir cuidadosamente esses dois regimes e deixá-los vigorar; um que faz alguém ser cristão, e o outro que garante a paz exterior e combate as obras más”.
Na prática, este pastor da idade média diria para nós hoje: - Cristãos, escolham pessoas honestas, capazes de fazer e executar leis, bons administradores, competentes naquilo que lhes cabe. Não usem a política para obter vantagens pessoais e privilégios de poder, mas para servir o próximo. Vocês, sacerdotes e formadores de opinião, tenham cuidado com seu poder de influência Dêem liberdade para que cada um possa escolher seus candidatos. Nunca usem o púlpito para buscar cargos públicos.
Na verdade, religião e política são pratos diferentes mesmo quando precisam estar na mesma mesa. Para Lutero (1483-1546), “política é o esforço racional permanente e paciente de estabelecer e preservar uma ordem social de acordo com os valores do cristianismo”. Pregou isto num tempo quando os religiosos da época “converteram-se em senhores seculares para governar com leis que concernem somente ao corpo e aos bens” (Lutero – Da Autoridade Secular). Falando sobre os fundamentos bíblicos da ética política, este teólogo alemão diz que igreja e estado, apesar de interligados, são dois governos de Deus com propósitos diferentes e com funções que não devem ser misturadas. O poder espiritual garante o perdão dos pecados, o serviço ao próximo e a salvação eterna através do evangelho amoroso. O secular tem o propósito de manter o convívio das pessoas numa sociedade com tendências ao caos e conceder seu bem-estar físico através da lei. “Que são, pois, os sacerdotes e bispos?”, pergunta Lutero dentro desta compreensão. Responde que “o regime deles não é de autoridade ou poder, mas de serviço e função. Não devem impor lei ou mandamento a outros sem a vontade e consentimento deles. Seu governo não é outra coisa que pregar a Palavra de Deus e com ela conduzir os cristãos e vencer a heresia”. Por isso, salienta Lutero, “tem que se distinguir cuidadosamente esses dois regimes e deixá-los vigorar; um que faz alguém ser cristão, e o outro que garante a paz exterior e combate as obras más”.
Na prática, este pastor da idade média diria para nós hoje: - Cristãos, escolham pessoas honestas, capazes de fazer e executar leis, bons administradores, competentes naquilo que lhes cabe. Não usem a política para obter vantagens pessoais e privilégios de poder, mas para servir o próximo. Vocês, sacerdotes e formadores de opinião, tenham cuidado com seu poder de influência Dêem liberdade para que cada um possa escolher seus candidatos. Nunca usem o púlpito para buscar cargos públicos.
Trocando em miúdos, Lutero diria que a política é como pegar um táxi: não é preciso optar por um motorista cristão. É como escolher um médico, engenheiro, mecânico. Eles têm obrigação em ser competentes no seu trabalho e não interessa se são desta ou daquela religião. Se são cristãos, melhor. E aí, além de competentes, estes cristãos têm a oportunidade de testemunhar servindo os governados com amor.
Marcos Schmidt